Até ontem, quando você tinha um telefone celular perdido, roubado ou furtado, precisava informar o número do IMEI do aparelho (uma sequência que funciona para identificar o gadget de maneira específica, tal qual o chassi de um carro) à operadora de telefonia. A partir desta terça-feira (8), isso mudou e basta informar o número da linha telefônica para realizar o bloqueio de um aparelho.
A novidade foi anunciada hoje pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e inclui ainda a possibilidade de iniciar o processo de bloqueio do aparelho ainda na delegacia de polícia, no momento em que a vítima faz o registro da ocorrência. Neste momento, apenas as polícias civis da Bahia, do Ceará e do Espírito Santo possuem acesso ao sistema de bloqueio. Em breve, o mesmo recurso estará disponível para as polícias civis de Goiás, do Mato Grosso, do Rio de Janeiro e de São Paulo, bem como para a Polícia Federal. Polícias de demais estados interessadas na ferramenta devem entrar em contato com a Anatel.
A mesma possibilidade de antecipar o bloqueio de aparelhos é estendida a lojistas e transportadores, que podem realizar o processo direto da delegacia de aparelhos roubados ou furtados de lojas ou caminhões responsáveis pelo transporte de celulares, por exemplo. Contudo, neste caso, ainda será necessário informar o IMEI de cada gadget, afinal os aparelhos ainda não teriam sido associados a nenhuma linha telefônica.
“O objetivo das medidas é eliminar a utilidade dos celulares furtados e roubados, o que certamente contribuirá para inibir crimes contra pessoas, estabelecimentos comerciais e veículos de transporte de carga”, informou o presidente da Anatel, João Rezende, durante a entrevista coletiva sobre as inovações.
Como funciona o bloqueio
Quando alguém tem o telefone celular roubado, extraviado ou furtado e solicita o bloqueio junto à operadora de telefonia, a companhia registra o código de identificação do aparelho junto ao Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (CEMI), sistema coordenado pela Anatel e administrado pelas prestadoras de serviços de telefonia móvel. Atualmente, este banco de dados conta com informação de 6,5 milhões de aparelhos, que não podem mais ser utilizados.
O CEMI foi integrado à base mundial de celulares, administrada pela GSMA, em dezembro de 2014. Ele oferece uma página na web para você conferir se o seu aparelho roubado, furtado ou perdido foi bloqueado de fato e também para verificar se o gadget usado que você vai comprar não foi inutilizado dessa forma. Para descobrir, basta informar o IMEI do aparelho — a sequência numéria aparece na caixa e na nota fiscal do aparelho, mas, se preferir, digite a sequência *#06# no próprio celular para obter o código.
Fonte: CanalTech
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