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sexta-feira, 18 de março de 2016

Instagrammers: R$10 mil por mês trabalhando na Internet!!!

O carioca Paulo del Valle ganha a vida viajando e alimentando seu perfil na rede social. O salário tem sido de R$ 10 mil por mês


O emprego de Del Valle no último ano foi postar fotos durante viagens. (Foto: José Felipe Gasparian)

O sonho da Geração Y se concretizou na vida do designer e fotógrafo carioca Paulo del Valle, de 26 anos: ele é um instagrammer profissional brasileiro. Há um ano, ele ganha a vida viajando a convite de empresas e agências de turismo para divulgar marcas e destinos em seu perfil da rede social.
As regras para se dar (aparentemente) tão bem na vida, segundo Del Valle, é arregimentar um número grande de seguidores e apostar nas técnicas fotográficas. Na prática, o trabalho mistura um status de “celebridade” da internet com as manhas para fazer fotos bonitas, que gerem muitas curtidas.
É um mercado em crescimento, afirma o fotógrafo. “Lá fora é muito comum, mas aqui no Brasil as marcas estão começando a anunciar no Instagram agora”, diz ele, ainda que reconheça que a época em que era fácil conseguir milhões de seguidores em redes sociais ficou para trás, por força do próprio negócio das empresas. Segundo ele, o número de clientes varia mês a mês, mas  média de rendimento tem ficado em torno dos R$ 10 mil mensais.
Viver Bem o entrevistou para saber se o emprego dele é mesmo essas mil maravilhas. Veja abaixo:
Como foi que você se tornou instagrammer profissional? Por acaso?

Não foi nem um pouco planejado. Comecei a usar o Instagram em 2011, na época eu fazia faculdade de Design. Comecei a tirar fotos com meu celular e a me interessar por fotografia. O Instagram foi uma oportunidade de melhorar meu olhar, mostrar como eu via o Rio de Janeiro, e cada vez mais pessoas começaram a me seguir. Em agosto de 2012, o Instagram me tornou um usuário sugerido. Em dois anos, meu número de seguidores cresceu de mil para 240 mil. Comprei uma câmera semi-profissional e comecei a estudar fotografia por conta própria. Minha primeira viagem profissional foi em abril de 2014, para a Austrália, a convite de uma agência de viagens. Foi tudo meio por acaso, sou autodidata, aprendi muito nas minhas viagens com outros fotógrafos e instagrammers também. O Instagram é muito mais que uma rede social, é uma oportunidade de fazer novos amigos, conhecer pessoas que eu admiro e conhecer seguidores nos instameetings.
Quando você começou a encarar como trabalho?

Na verdade, eu estava levando como hobby, era uma paixão minha. Tinha seguidores que me admiravam, mas foi no ano passado que vi que tinha chance de se tornar uma profissão. Em maio de 2014, quando fui para Israel, conheci gente que largou seus empregos e vive disso full time. Vi que eu podia ser o primeiro instagrammer profissional do Brasil. Tinha uma marca de roupa com amigos da faculdade e decidi sair. A partir daí, trabalhei com várias marcas, fiz muitas viagens. O Instagram mudou a minha vida.

É o emprego dos sonhos?

Acho muito bom, sempre sonhei em conhecer o mundo. É o emprego dos meus sonhos, amo fotografia, amo viajar, e viajar recebendo para isso é melhor ainda. É trabalhoso, mas você se diverte.
Você tira as fotos com seu iPhone?

Uso uma câmera profissional. Salvo as imagens no celular e então coloco no Instagram. A qualidade é outra, me dá a chance de fazer técnicas fotográficas, além disso, os clientes querem as fotos com alta qualidade. É muito comum que os instagrammers tenham câmeras boas.
Qualquer pessoa pode ser instagrammer profissional ou requer algum talento especial?

Muita gente me pergunta isso. Acho que qualquer um pode se tornar, sim, mas é um processo longo, vai demorar. Para você se tornar um profissional, você tem de ter grande número de seguidores, tem de ter muitos likes. Você tem de ter valor para as empresas que vão te contratar, tem de estudar fotografia, focar, se dedicar, tirar boas fotos para crescer aos poucos e ter valor comercial. Foram quatro anos para mim. Tem de ter muita paciência. Quando saí da lista de usuários sugeridos, tive que me dedicar muito a ganhar novos seguidores, passava duas horas diárias comentando e curtindo fotos de muitas pessoas. Hoje em dia o Instagram não tem o mesmo crescimento do que antes. Mas para quem já tem muitos seguidores eu diria que agora é a hora certa para focar e se dedicar a isso. Lá fora é muito comum, mas aqui no Brasil as marcas estão começando a anunciar no Instagram agora, é um mercado em crescimento.

Dá para tirar quanto por mês?

Não pode contar com um valor fixo todo mês, varia demais. Tem mês que tem três, quatro clientes, tem mês que só tem um, tem contratos que são fechados para o ano inteiro. Mas, fazendo uma média, dá para tirar algo em torno de R$ 10 mil, R$ 12 mil mensais.
E o que seus pais acham de sua profissão?

Meus pais são médicos e cheguei a estudar Medicina, mas larguei porque vi que não era o que eu queria, e para eles foi um choque. Escolhi Design e não estou trabalhando na área, mas eles estão vendo que estou me dando bem, estou feliz. Mas tenho outros projetos para o longo prazo. Vai ter uma hora que o Instagram vai cair, outra coisa vai surgir no lugar, talvez eu trabalhe nessa outra coisa, mas daí é começar do zero. Vou aproveitar enquanto está durando.

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O carioca Paulo del Valle ganha a vida viajando e alimentando seu perfil na rede social. O salário tem sido de R$ 10 mil por mês


O emprego de Del Valle no último ano foi postar fotos durante viagens. (Foto: José Felipe Gasparian)

O sonho da Geração Y se concretizou na vida do designer e fotógrafo carioca Paulo del Valle, de 26 anos: ele é um instagrammer profissional brasileiro. Há um ano, ele ganha a vida viajando a convite de empresas e agências de turismo para divulgar marcas e destinos em seu perfil da rede social.
As regras para se dar (aparentemente) tão bem na vida, segundo Del Valle, é arregimentar um número grande de seguidores e apostar nas técnicas fotográficas. Na prática, o trabalho mistura um status de “celebridade” da internet com as manhas para fazer fotos bonitas, que gerem muitas curtidas.
É um mercado em crescimento, afirma o fotógrafo. “Lá fora é muito comum, mas aqui no Brasil as marcas estão começando a anunciar no Instagram agora”, diz ele, ainda que reconheça que a época em que era fácil conseguir milhões de seguidores em redes sociais ficou para trás, por força do próprio negócio das empresas. Segundo ele, o número de clientes varia mês a mês, mas  média de rendimento tem ficado em torno dos R$ 10 mil mensais.
Viver Bem o entrevistou para saber se o emprego dele é mesmo essas mil maravilhas. Veja abaixo:
Como foi que você se tornou instagrammer profissional? Por acaso?

Não foi nem um pouco planejado. Comecei a usar o Instagram em 2011, na época eu fazia faculdade de Design. Comecei a tirar fotos com meu celular e a me interessar por fotografia. O Instagram foi uma oportunidade de melhorar meu olhar, mostrar como eu via o Rio de Janeiro, e cada vez mais pessoas começaram a me seguir. Em agosto de 2012, o Instagram me tornou um usuário sugerido. Em dois anos, meu número de seguidores cresceu de mil para 240 mil. Comprei uma câmera semi-profissional e comecei a estudar fotografia por conta própria. Minha primeira viagem profissional foi em abril de 2014, para a Austrália, a convite de uma agência de viagens. Foi tudo meio por acaso, sou autodidata, aprendi muito nas minhas viagens com outros fotógrafos e instagrammers também. O Instagram é muito mais que uma rede social, é uma oportunidade de fazer novos amigos, conhecer pessoas que eu admiro e conhecer seguidores nos instameetings.
Quando você começou a encarar como trabalho?

Na verdade, eu estava levando como hobby, era uma paixão minha. Tinha seguidores que me admiravam, mas foi no ano passado que vi que tinha chance de se tornar uma profissão. Em maio de 2014, quando fui para Israel, conheci gente que largou seus empregos e vive disso full time. Vi que eu podia ser o primeiro instagrammer profissional do Brasil. Tinha uma marca de roupa com amigos da faculdade e decidi sair. A partir daí, trabalhei com várias marcas, fiz muitas viagens. O Instagram mudou a minha vida.

É o emprego dos sonhos?

Acho muito bom, sempre sonhei em conhecer o mundo. É o emprego dos meus sonhos, amo fotografia, amo viajar, e viajar recebendo para isso é melhor ainda. É trabalhoso, mas você se diverte.
Você tira as fotos com seu iPhone?

Uso uma câmera profissional. Salvo as imagens no celular e então coloco no Instagram. A qualidade é outra, me dá a chance de fazer técnicas fotográficas, além disso, os clientes querem as fotos com alta qualidade. É muito comum que os instagrammers tenham câmeras boas.
Qualquer pessoa pode ser instagrammer profissional ou requer algum talento especial?

Muita gente me pergunta isso. Acho que qualquer um pode se tornar, sim, mas é um processo longo, vai demorar. Para você se tornar um profissional, você tem de ter grande número de seguidores, tem de ter muitos likes. Você tem de ter valor para as empresas que vão te contratar, tem de estudar fotografia, focar, se dedicar, tirar boas fotos para crescer aos poucos e ter valor comercial. Foram quatro anos para mim. Tem de ter muita paciência. Quando saí da lista de usuários sugeridos, tive que me dedicar muito a ganhar novos seguidores, passava duas horas diárias comentando e curtindo fotos de muitas pessoas. Hoje em dia o Instagram não tem o mesmo crescimento do que antes. Mas para quem já tem muitos seguidores eu diria que agora é a hora certa para focar e se dedicar a isso. Lá fora é muito comum, mas aqui no Brasil as marcas estão começando a anunciar no Instagram agora, é um mercado em crescimento.

Dá para tirar quanto por mês?

Não pode contar com um valor fixo todo mês, varia demais. Tem mês que tem três, quatro clientes, tem mês que só tem um, tem contratos que são fechados para o ano inteiro. Mas, fazendo uma média, dá para tirar algo em torno de R$ 10 mil, R$ 12 mil mensais.
E o que seus pais acham de sua profissão?

Meus pais são médicos e cheguei a estudar Medicina, mas larguei porque vi que não era o que eu queria, e para eles foi um choque. Escolhi Design e não estou trabalhando na área, mas eles estão vendo que estou me dando bem, estou feliz. Mas tenho outros projetos para o longo prazo. Vai ter uma hora que o Instagram vai cair, outra coisa vai surgir no lugar, talvez eu trabalhe nessa outra coisa, mas daí é começar do zero. Vou aproveitar enquanto está durando.

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Sobre Kethillin Motta

Estudante de Design de Interiores, 16 anos. Blogueira, Youtuber e Futura Arquiteta

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